O Distrito Federal, ironicamente situado no berço de importantes rios brasileiros, passa por um momento delicado no que diz respeito ao fornecimento de água para a população. Segundo dados da Caesb, foram consumidos em 2015 cerca de 160 bilhões de litros de água, mas, aproximadamente 56 bilhões foram perdidos por ineficiência, em função da falta de planejamento e manutenção das atividades operacionais. As perdas da Caesb, estimadas em 35,2% no ano passado, estão acima da média registrada em todo o país, que é de 33%.
O Sistema de fornecimento de água é composto por importantes etapas – a captação nos mananciais, o tratamento da água bruta, a distribuição, o consumo e o tratamento da água servida. Muito se fala sobre as reduções no consumo, em especial nas residências, mas a verdade é que esta é uma ação ineficiente quando encaminhada isoladamente para o enfrentamento da crise que vivemos.
Investimentos em recuperação e preservação dos mananciais; ações de recomposição da mata ciliar e vegetação nativa; políticas públicas de combate à invasão e grilagem de terras, que acabam por aterrar nascentes e olhos d’água; investimentos para otimização da captação de água bruta; melhorias e modernização dos sistemas de distribuição – responsável pelas maiores perdas do recurso ao longo da cadeia; redução do consumo industrial, comercial e residencial, aliados à conscientização e, por fim, o tratamento adequado da água e esgoto que finaliza o ciclo, são apenas alguns dos exemplos de políticas públicas que precisam ser encaminhadas com urgência e seriedade pelos gestores do DF.
Parece que a única solução encontrada pelo Governo de Brasília é o aumento da tarifação do serviço, repassando os custos da ineficiência para o cidadão…
Eduardo Brandão,
Presidente Partido Verde do Distrito Federal.
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http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/07/df-perde-mais-de-um-terco-da-agua-distribuida-em-vazamentos-e-furtos.html