Com o aumento de temperaturas e a baixa de umidade no ar, os brasilienses sofrem com os impactos e perigos decorrentes do período da seca. Índices extremos de radiação solar e alta concentração de partículas totais em suspensão no ar são os principais vilões para a saúde da população. Esta semana, o DF registrou o nível extremo na escala de incidência de raios UV e acendeu o sinal de alerta para as graves doenças decorrentes do elevado índice de radiação solar.
Para o Secretário de Cidades do Partido Verde e ex subsecretario de saúde ambiental do DF, Dr. Luiz Maranhão, biomédico especialista em saúde ambiental e coletiva, as questões de saúde relacionadas à seca vão muito além do desconforto causado pela baixa umidade. Durante a estiagem, a quantidade de partículas em suspensão no ar aumenta muito, bem como a incidência direta de radiação solar que ocasionam, respectivamente, problemas respiratórios graves, alergias e aumentam ainda as ocorrências de doenças de pele, queimaduras e, em situações mais graves até câncer.
“O Sol, essencial à vida, proporciona uma sensação de bem estar físico e mental ao ser humano. Os raios ultravioletas são responsáveis pelo estímulo à produção de melanina e a produção de vitamina D, que contribui para a fixação do cálcio nos ossos. Apesar de todos estes benefícios, a exposição de forma desprevenida e incontrolada pode ser extremamente prejudicial à saúde”, alerta Maranhão.
O Raios UVA penetram profundamente na pele, atingindo a epiderme e a derme. A radiação provoca mutações genéticas, danificando as estruturas das células. O acúmulo desta radiação durante toda a vida pode provocar envelhecimento cutâneo precoce e as alterações nas células são predisposições ao câncer de pele, o tipo mais frequente da doença.
Nesta semana, entre os dias 17 e 23, apenas para citarmos como exemplo, o Distrito Federal espera registrar índices extremos, maior do que 11, de intensidade de radiação IUV, segundo dados do Centro de Previsão de tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.
“Por localizar-se no Planalto Central, onde historicamente já acontece uma incidência maior destes raios, Brasília atinge entre os meses de julho e setembro os níveis mais perigosos para a saúde humana”, explica Maranhão.
Campanhas sistemáticas de prevenção e conscientização para a adoção de medidas mitigadoras dos impactos diretos da radiação na saúde são algumas das alternativas apontadas por Maranhão para se evitar os problemas causados pelos raios UVA e UVB. “A população precisa entender que este é um problema ambiental grave e que vamos sofrer as consequências, muitas vezes silenciosas, ao longo de nossas vidas. É inconcebível, ao meu ver, que tenhamos ainda crianças e professores expostos, praticando atividades físicas em espaços descobertos, após o registro destas medições”, enfatiza.
No Distrito Federal, cerca de 200 escolas da rede pública de ensino não contam com espaços cobertos para a prática de atividades físicas e desportivas. Além de se proteger da exposição, as políticas públicas de prevenção e proteção efetiva da população, aliados a medições e acompanhamento regular dos dados são soluções que colaboram ara uma melhoria na saúde ambiental do DF.
Cuidados Simples
Para garantir uma melhor qualidade de vida e a manutenção da saúde, é importante redobrar os cuidados com hidratação, evitar a exposição ao sol durante os períodos de maior temperatura e radiação (entre 13h e 15h), usar camisa e bonés (chapéus) com abas para preservação da face e região dos olhos, utilizar óculos escuros com proteção contra raios UV, utilizar filtros solares com FPS acima de 30 e reaplicar a cada 2h e hidratar a pele e o organismo ingerindo líquidos em abundância.
Fonte: Secretaria de Comunicação PVDF
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